A Escola de Equitação foi inaugurada em 2003 e em 2018, por altura das comemorações dos 130 anos da Escola Superior Agrária de Santarém, foi batizada de Escola de Equitação Henrique Soares Cruz. Esta tem como missão motivar os mais jovens e divulgar a equitação, modalidade que constitui um elemento fundamental do património cultural da nossa região.
Está aberta à frequência de todos os interessados na iniciação desta modalidade, desenvolvendo a sua atividade sobre duas vertentes distintas: aulas de iniciação à equitação geral e de equitação especial. Para além da abertura da escola ao público em geral, foram estabelecidos protocolos com a APPACDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental, com o Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano com enquadramento no Desporto Escolar e no Plano Curricular Alternativo. Mais recentemente, foram estabelecidas parcerias com o Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira e com o Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado, ambas para a prática da equitação especial (hipoterapia).
A Escola dispõe de um núcleo de cavalos de raça Sorraia criados pela Coudelaria Nacional e cedidos através de protocolo com a Companhia das Lezírias, pretendendo-se, deste modo, contribuir para a divulgação e preservação desta raça autóctone, em perigo de extinção. Os cavalos do Sorraia são animais com excelentes capacidades para a prática da equitação, em particular com jovens, onde evidenciam a sua docilidade e capacidade de interação.
Como forma de divulgação da sua atividade e promoção da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) no exterior, tem participado em diversos eventos equestres como a Feira Nacional de Agricultura, Feira Nacional do Cavalo na Golegã, Feira de Campo em Coruche, Feira de Todos os Santos no Cartaxo e Alpiagra em Alpiarça. Internamente, organiza Provas de Treino de Dressage e Concursos de Equitação Especial de Santarém, conjuntamente com a APPACDM.

Preservação da Raça Sorraia
O núcleo de garanhões, para além de ser utilizado nas atividades que se desenvolvem no âmbito da Escola de Equitação, também tem contribuído para a preservação deste património genético uma vez que a ESAS é proprietária de duas éguas Sorraia. No maneio reprodutivo deste núcleo tem havido sempre a preocupação de efetuar emparelhamentos dirigidos, como forma de minimizar a consanguinidade e a rotatividade de garanhões, entre diferentes anos, com o objetivo de maximizar a escassa variabilidade genética existente nesta população. Em 2016, com o contributo da empresa Embriovet, Prestação de Serviços Veterinários, Lda., foi aplicada a transferência embrionária numa das fêmeas Sorraia, de que resultou o primeiro nascimento, a nível mundial, nesta raça, de um produto obtido com recurso a esta biotecnologia. Assim, todos os anos tem havido nascimento de poldros, que têm sido vendidos não só para criadores em Portugal mas também para a Alemanha.

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